Ok, hoje é quinta-feira. Consegui finalmente recuperar do fim-de-semana. Aqui no UK não temos uma semana de férias como a rapaziada da China, mas temos fim-de-semana com feriado e fazemos por espremer ao máximo cada dia ehehe. Posso dizer que o meu último fim-de-semana foi bem espremidinho, tão espremido que em 3 noites, fiz praticamente 2 directas, e já dizia o grande Variações: “Quando a cabeça não tem juízo o corpo é que paga, o corpo é que pagar, deixa-o pagar, deixa-o pagar se tu estás a gostar”. Bem, a verdade é que o fim-de-semana começou mal, cheguei a pensar que iria acabar antes de começar. Passo a explicar. Como rapaz aplicado e trabalhador (graxa) saí do escritório (Southampton) em direcção a Londres, ou melhor a Stansted que ainda fica a praticamente 1h de Londres, bastante tarde. Nestas coisas de fim-de-semana prolongado de nada nos vale o viamichelin nem google maps nem nada. Alguém disse que a M25 (autoestrada que circula Londres) é mais um parque de estacionamento do que outra coisa. Não podia estar mais de acordo. Estive 2 horas parado em apenas 20 milhas deste monumental carrossel (faz um circulo perfeito em redor de Londres). Esqueçam a 2ªcircular ou a VCI, a M25 é oficialmente a estrada mais encalacrada à face do planeta, pronto ok, da Europa. Como seria de esperar, a minha ligação a Stansted e consequentemente a Estocolmo, ficou por terra…ou pelo menos foi adiada. Mantive-me muito calmo (alguma coisa se passa comigo???) e decidi embarcar no próximo avião, de madrugada. Paguei a penalidade para troca de voos e segui para o hotel mais barato ao lado do aeroporto: Express by Holiday Inn. Quarto single: 80 libras (120€). Como? Não me parece…liguei a um amigo que vive em Londres e atirei “Olha lá, vais sair hoje? (…) Óptimo! Espera por mim”. E lá fui em direcção ao sul de Londres para ir ter com o grande JN sem mapa sem nada. Objectivo era esticar a noite o máximo possível para seguir directo para o aeroporto de Stansted. Ainda conheci um equatoriano, um italiano, um zambiano??? e duas polacas…Fim da noite e regresso de madrugada: percurso de carro por Londres deserta (penso que terei passado a London Bridge 3 veze, será possível?) e depois de voltas e mais voltas (foram mesmo muitas voltas…que inconsciência meu Deus) lá cheguei ao destino, ACORDADO felizmente e a tempo. Em Stansted apanhei o já famoso avião amarelo que me levaria até ao norte da Europa…
Chegado a Estocolmo, corri para a residência de estudantes onde iria pernoitar, para trocar a roupa que tresandava a cerveja depois de me terem entornado não uma, não duas, mas sim 3 cervejas em cima ainda em Londres, e tomei banho. Lavadinho e sem tempo a perder, segui para explorar esta magnifica cidade. Resumidamente, estes 3 dias incluíram:
- Passeio pelos pontos da cidade de maior interesse naturalmente
- Boatrip por algumas das 14 ilhas que formam a cidade de Estocolmo
- Ice Bar Stockholm: muito turístico é verdade, mas um must. Tudo é feito de gelo: paredes, chão, balcão, cadeiras e claro…os copos.
- Sture Compagniet: talvez o sitio mais “in” da noite de Estocolmo…
- Mini festa privada na residência de estudantes onde ensinei aos estranjas os nossos jogos do “Perde e bebe” como o “Ping Pong”.
- Vasa Museum: um navio de guerra enorme construído em 1628, afundado pouco depois de ter partido e recuperado no século XX.
- Skansen Park: um museu ao ar livre que retrata a vida e os costumes dos Suecos há alguns séculos atrás com réplicas das casas, lojas e modo de vida e ainda com uma larga população de animais tipicamente escandinavos como os Alces e Renas.
- Jantar num restaurante medieval Viking onde comi precisamente Alce e provei Rena (peço desculpa aos meus sensíveis e aos vegetarianos)
Para caracterizar o povo sueco, basta dizer apenas que compreendo agora o porquê do meu caro amigo RB se referir à Suécia como a “terra prometida”. Percebi isso quando “realizei” que qualquer empregada da limpeza ou rapariga que vende gelados podia perfeitamente ser a capa da FHM ou coisa que o valha. De resto, os suecos (homens e mulheres) devem ter todos sem excepção um solário em casa, ao lado da TV e do frigorifico, tal é o bronzeado com que apresentam.
Por último, uma nota de aprezo para a companhia desta jornada que foi 5 estrelas, não preciso de enunciar nomes, eles sabem quem são.
Enfim, como tudo o que é bom tem de acabar, o regresso a casa fez-se dolorosamente com mais uma semi-directa….para o trabalho. A vida é dura…mas meus amigos, sair à noite no mesmo fim-de-semana em Londres e Estocolmo não é para todos.