Estive a debruçar-me sobre a temática do fim-de-semana perfeito, tomando como exemplo os meus weekends no reino unido e obtive resultados interessantes: podem ter doses excessivas de animação, praia, cultura, etc mas se não tiverem uma ou outra peripécia pelo meio, não chegam ao topo do ranking. Assim conclui que a receita para o fim-de-semana perfeito (e por sinal o retrato do último fim-de-semana passado em Kent) é:
- juntar disponibilidade com intenção de passar um período agradável
- acrescentar 3 ou 4 amigos com o mesmo propósito
- adicionar ainda 2 mãos cheias de actividades culturais
- regar com uma boa noitada e copos
- deixar marinar ao sol numa praia perto de si
- adicionar uma pitada de boa disposição
- Finalmente deitar 1 colher de sopa de peripécias fora do comum (cereja em cima do bolo)
Et voilá, bon apetit ;)
A ideia por detrás da minha ida a Kent (condado) era ir ter com os Contactos ali colocados e obviamente conhecer a costa sudeste britânica. A primeira grande aventura aconteceu na viagem de ida. As estradas aqui no UK são geridas por uma associação chamada AA que ao contrário da sua homónima portuguesa (Brisa), não cobra nada pela utilização das mesmas, salvo raras excepções. Até aqui tudo bem, óptimas noticias! Mas o que também não faz, é responsabilizar-se pela merda (pardon my french) que é deixada no alcatrão. Parece-me lógico, já que não cobra nada pela utilização das estradas. Mas como não poderia deixar de ser, o azar vem sempre bater à porta do tuga sotoniano que tem a mania que é o Cristóvão Colombo dos tempos modernos. Assim foi, conduzia eu o auTBMobile, que tem estado impecável diga-se de passagem, pelas estradas de Kent perto do destino final, quando um outro carro cospe uma peça de metal de proporções significativas na minha direcção. A proximidade de um terceiro veículo, tornou impossível qualquer desvio in extremis sem que me despistasse. Por isso tentei alinhar o carro no meio (em fracções de segundo) e passar por cima. Naquele preciso instante ouvi o pneu dianteiro esquerdo rebentar violentamente e perdi parcialmente o controlo do carro. Não fosse o grande treino obtido na tugolândia em condução defensiva e o resultado podia ter sido catastrófico. Sem faixa de emergência, vi-me forçado a andar com o carro a 5km\hora com o pneu completamente vazado, até chegar a um local onde pudesse parar com segurança. Pelo caminho ainda vi uma carrinha de assistência técnica fazer sinais de luzes e parar (pensando eu que me ia ajudar) só para me dizer que não podia estar ali parado! Duh, a sério? Não, é que eu faço questão de estar no meio da estrada parado! Ainda tentei pedir ajuda numa bomba de gasolina mas decididamente que a entreajuda (sobretudo aos estranjas) não é um forte deste povo. Enfim, tudo bem, pensei que ia ter que pagar um balúrdio para chamar o reboque mas acabei por dar conta do recado sozinho. Surpreendentemente troquei o pneu quase de forma intuitiva e fiz-me de novo à estrada. Do impacto resultou ainda o desprendimento de uma placa debaixo do carro, que fazia um barulho horrível cada vez que roçava no chão.
Enfim, lá cheguei a Ramsgate, onde moram o GM e PR (chama-lhes parvos, afinal apesar de trabalharem na santa terrinha, resolveram morar a 30 min do emprego mas ao pé da praia) e sem mais demoras fomos experimentar a noite daquela pacata localidade. Mais uma noite fora de Southampton e mais uma prova do que a minha cidade é o maior buraco deste grande país que dá pelo nome de Reino Unido. No dia seguinte, com o Verão finalmente a dar algum ar da sua graça por estes lados, fiquei a conhecer Ramsgate e Sandwich onde fica a Pfizer que emprega ambos os meus anfitriões. Fiquei a saber que trabalha mais gente na Pfizer (5 mil macacos) do que tem a vila de Sandwich como habitantes. De resto e para os mais curiosos que indagam o porquê de haver um sitio com tal nome, devo dizer que foi este o local que deu origem à vulgar designação “sanduíche” a este formato de refeição e não o contrário. Foi ali que há uma porrada de anos atrás, um tal conde de Sandwich viciado no jogo, e farto de perder tempo com as refeições (que naquela altura eram bem mais pesadas e demoradas) resolveu pedir aos criados para lhe passarem a trazer para a mesa do jogo a carne entre duas fatias de pão para minimizar o tempo perdido. Nascia assim a Sandwich, por causa do conde de Sandwich, ou em bom português: sanduíche, sandes ou sandocha. Curiosidades à parte, seguimos depois viagem para Dover, mais conhecido pelos “white cliffs” e por ser o ponto mais perto de França e por onde naturalmente se faziam todas as ligações via mar para o resto da Europa nos tempos antigos e hoje ainda. Ali aconteceu mais uma grande peripécia. Para satisfazer um capricho meu (que raio de capricho fui arranjar) decidimos ir conhecer o “Eurotunnel”, o famoso túnel que liga França à ilha britânica. O GM ainda fez um reparo inteligente alertando que e passo a citar “Ouve lá, cuidado para não te meteres no túnel porque ali não deve dar para fazer inversão de marcha e só paras em França!”. Ao que eu na minha extrema sabedoria retorqui “Relaxa companheiro, só os comboios atravessam o túnel, os carros têm que comprar bilhete e vão em cima do comboio pelo que tem que haver um sítio onde possam parar pelo meio”. Ok, fomos seguindo as placas e quando demos por nós: WELCOME TO THE EUROTUNNEL lolol, epah meti o rabinho entre as pernas, parei o carro à patrão perto das portagens e lá fui destemido: “Ah e tal, somos estranjas, não fazíamos ideia para onde estávamos a ir…oh chefe não pode fazer aí um jeitinho e deixar-nos dar meia-volta?” Lolol, lá nos deram um “bilhete” para atravessarmos a portagem e explicaram como podíamos regressar, mas não ganhamos para o susto lolol…Finalmente acabámos a excursão do dia em Canterbuy famoso pela sua majestosa catedral onde GM e PM tinham um barbecue ao qual eu naturalmente me colei. O que estas festas privadas têm de melhor é nos oferecem a possibilidade de apanhar uma tosga de caixão à cova económica, algo impossível de realizar em qualquer disco ou pub do Reino Unido. E esta festa não fugiu à regra. Depois de bem aviadinhos fomos então sim assimilar a noite de Canterbury (puta madre de noite!!). No fim, sem hipóteses de pegar no carro depois de tamanho aviamento, “crachámos” em casa do amigo do barbecue…bem, que figuras…enfim depois de 3-4 horas mal dormidas num cadeirão da sala, lá nos pusemos a caminho de Ramsgate novamente. O GM foi trabalhar Sábado e Domingo com apenas umas horinhas dormidas e uma piela jeitosa: Ah Valente! Domingo deu para conhecer outras praias perto de Ramsgate como Broadstairs e Margate, para dar o segundo mergulho oficial no mar desde que cheguei a terras de sua majestade e para ficar a conhecer as novas tendências da colecção primavera-verão “importadas” pelo PR, lol :p
No rescaldo destes dois dias, tenho que dizer que este foi mais um fim-de-semana “TOP” (expressão à moda do Porto) e que me valeu uma ida à oficina para afinar o auTBMobile. Não deixando os meus créditos por mãos alheias, consegui um pneu novo, um arranjo da placa solta e uma lavagenzinha por mais uma pechincha. Quem sabe, sabe! E o tuga é que sabe ehehe!
A já habitual reportagem fotográfica segue em baixo...
Desmistificando o dogma inglês: Praia de Ramsgate
Desmistificando o dogma inglês: Praia de Broadstairs
Desmistificando o dogma inglês: Praia de Margate
Dover - "White Cliffs"
Dover - Marina e Castelo ao fundo
Uma luz ao fundo do túnel ;)
Canterbury...
...e ainda Canterbury...
lolol, muito bom :)
Sem comentários :p
3 comments:
Bem David isso é que é aproveitar "sem medo de ser feliz!"
1TOP bj
Triperira!
Ps:bjs ao Tio Michigão
Aloha!
Foi de facto um fds bem cozinhado, merito aos cozinheiros!
Permite-me um reparo, na pfizer não trabalham 5000 macacos, trabalham 4998 macacos e dois srs.
Obrigado pelas fotos, tomei liberdade de elaborar o meu post...dá uma espreitadela, é a minha versão ahaha
Grande abraço, volta sempre
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